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Demons Hunters Role Playing Game – Resenha

05 dez

Olá a todos. Tudo bem? Que bom, meus caros. Espero que sim. Bem, hoje falaremos de mais um exótico e desconhecido RPG. Hoje falaremos do mais do que forçado e over-the-top Demons Hunters Role Playing Game. Este é mais um daqueles  RPGs que tentam passar aquela imagem de bad ass mas acaba por soando exagerado e artificial. E acontece que é justamente esta a intenção deste RPG. A forçação de barra. O parecer épico. A satisfação nerd. A ideia de encarar um herói fodão contra as forças do mal. Sabe aquela vibe superistáile meio Blade Trinity? É isso aí… Mas cuidado pra não vomitar. E de quem foi essa ideia supergenial e superoriginal? Foi de um grupo composto por Jamie Chambers, Brian Clements, Jimmy McMichael, Matt Vancil, Nathan Rice, Nathan Rockwood e Andy Vetromile, grupo o qual integra os supostos criadores do filme The Gamers e da sua continuação Dorkness Rising.  O lançamento do livro se faz pela editora Margaret Weis Productions, Ltd (A mesma do Supernatural The Role Playing Game). E Bem… Vamos ao jogo.

O cenário de jogo é o seguinte: existem as forças do bem e as forças do mal. Estas duas forças tomaram a terra como seu campo de batalha e desde de tempos imemoriais estas forças se chocam pelo domínio do grande prêmio, a humanidade. E agora, depois de tanto tempo, finalmente este conflito chegou aos dias de hoje. Sorte que para evitar que o caos se espalhe existe a grande organização do bem Brotherhood Of The Celestial Torch (Irmandade da Tocha Celestial) que se opõe à grande organização do mal liderada pelos demônios da Order Of The Infernal Scepter (Ordem do Cetro Infernal). Sendo assim, os jogadores assumem o manto de agentes especiais da irmandade do bem e se jogam em aventuras ao redor do mundo investigando onde estão os inimigos e os destruindo.

Bem original.

Criar um personagem é muito fácil em DHRPG. Deve-se inicialmente definir se seu personagem é um Recruta (42 pontos de atributos e 62 de perícias), Veterano (48 pontos de atributos, 68 de perícias e 4 pontos de vantagens) de ou um Veterano Experimentado (54 pontos de atributos, 74 de perícias e 8 pontos de vantagens). Distribuem-se os pontos de atributos (força, agilidade, vitalidade, prontidão <alertness>, inteligência e força de vontade) através de valores de dados comprados diretamente (que vão de d4 a d12; e como a compra é direta, o d4 custa 4, por exemplo). Compram-se vantagens e desvantagens (seu personagem tem que ter uma vantagem e uma desvantagem obrigatoriamente). Pericias se compram dado a dado (quase como os atributos), começando em d0 até d6. Aí em diante se escolhe uma especialização e se compra dado a dado até d12. Com tudo isso definido (e gasto), define-se os pontos de vida (vitalidade+força de vontade) e a iniciativa (agilidade+prontidão+vantagens/desvantagens).

No papel de agentes da irmandade, os jogadores poderão ser filhos dos deuses clássicos, vampiros arrependidos, lobisomens do bem, androides, meio anjos, meio demônios do bem e o que mais os der na telha (só a parte da magia que achei meio carente; insuficiente, na verdade).  Estas opções de personagem são escolhidas na compra das vantagens.

Aliás, como este é um RPG de ação pseudo cômico as vantagens que podem ser compradas são também do tipo “engraçadinhas” como, por exemplo, Meta-Game Awareness (consciência metajogo) que permite ao personagem usar conhecimentos do jogador em razão dele saber que ele é um personagem de RPG.

Entre os inimigos membros da Ordem do Mal teremos vampiros ninjas sifilíticos, fadas patricinhas malignas, pessoas possuídas por espíritos do mal, cientistas malucos, zumbis, enfim você pegou a ideia…

O sistema de jogo é o Cortex (como de praxe das criações da Margaret Weis Productions), então se rola o dado do atributo e soma-se este resultado ao resultado da rolagem do dado da perícia. Este valor em testes estáticos deve alcançar a dificuldade estabelecida pelo mestre em uma tabela específica e em testes resistidos, quem, rolar maior vence. Este RPG usa dados d4, d6, d8, d10 e d12. Rolagens em testes estáticos que passam a dificuldade por 7 do valor estabelecido são sucessos críticos que, na realidade, não estabelecem nenhuma vantagem mecânica, apenas narrativa. Outro elemento que existe neste sistema (assim como em  Supernatural The Role Playing Game) são os Plot Points. Estes pontos de plot são adquiridos quando os jogadores agem no interesse de deixarem a sessão de jogo mais envolvente (tendo boas ideias, adquirindo complicações em jogo, resolvendo objetivos individualmente ou em grupo, etc). Estes pontos podem ser gastos para melhorar rolagens de dados, sobreviver golpes mortais, fazer pequenas edições de narrativa e usar vantagens que requeiram gasto deste tipo de ponto. É um acessório de narrativa dos jogadores e do mestre. É um aspecto que gosto bastante do sistema Cortex.

Bem galera, isso é tudo. Se você quer jogar um RPG de proposta bem fácil de pegar e não muito original, pare e veja. Se você quer algo a mais (e não precisar querer muito a mais), siga a diante.

Saudações a todos e tenham uma boa semana.

 
2 Comentários

Publicado por em 05/12/2011 em RPG

 

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2 Respostas para “Demons Hunters Role Playing Game – Resenha

  1. Bob Nerd

    05/12/2011 at 2:01 PM

    É verdade, nada original. Principalmente esse maniqueísmo. Pelo menos eles não tentam dizer que é um jogo não-maniqueísta como Vampiro.
    Mas não sei para quê isso se eles tem o Supernatural RPG. Fica meio que mais do mesmo. Tá certo que em Supernatural não tem Vampiros Ninjas, mas o mestre pode colocar se quiser.
    Enfim, deve ser divertido.

     
  2. guidoconti

    05/12/2011 at 2:29 PM

    Pois é Bob. Eles devem ter lançado esse livro aí porque não podiam colocar idéias mais mais malucas num cenário já estabelecido como do Supernatural e então as guardaram para lançá-las numa linha própria. Mas no fim nem foi lá tão original. Acho que o objetivo foi só brincar com a idéia mesmo.

    Obriago pelo comentário. Abraços.

     

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