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Star Trek: The Next Generation – Season 2

07 ago

Chegamos na segunda temporada de Star Trek TNG. Ainda um degrau antes da incrível temporada 3, os escritores conseguiram deixar para trás o pior da primeira temporada. Não temos nenhum episódio como “Justice” aqui.

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Mudanças de atores – tivemos duas. Com a saída de Denise Crosby (Tasha Yar), entrou Whoopi Goldberg (Guinan). Estamos falando aqui de duas atrizes muito distantes artisticamente. Crosby nunca foi mais que uma atriz fraca, enquanto que Goldberg é lendária. Guinan não aparece muito, mas é uma personagem interessante.

Uma troca mais direta foi a saída de Gates McFadden (Dr. Beverly Crusher), substituída por Diana Muldaur (Dr. Katherine Pulaski). Muldaur é uma boa atriz, creio que ambas estão em níveis próximos. Porém, os roteiristas fizeram Pulaski ser uma personagem um tanto irritante, que fica mais espezinhando gratuitamente todo mundo (principalmente Data). McFadden tinha em mãos uma personagem mais dramática, mais humanista – Muldaur é meio que “tanto faz”, “esses meus pacientes são um porre”. Mas há bons momentos. Em “Up the Long Ladder”, por exemplo, fosse McFadden no lugar dela a história não seria tão boa (Pulaski mata uns clones sem pensar duas vezes. A dra. Crusher ficaria chorando mesmo que fosse clones de pulgas que estivessem sendo mortos). Essa “troca” de atrizes seria desfeita, com McFadden retornando na terceira temporada.

E Wil Wheaton e Wesley Crusher, você deve estar se perguntando? Bem, não piorou. O ator subiu um pouco de nível, e os roteiristas pararam de tentar nos fazer acreditar que Crusher é o novo Einstein. Quer dizer, quase pararam.

Episódios – Em sua grande maioria, os episódios são melhores que os da primeira temporada. Há alguns episódios fracos, ainda – de fato, a temporada começa meio que bamba das pernas, os dois primeiros episódios não impressionando. Há episódios com ideias muito boas, mas pessimamente realizadas. Em “Samaritan Snare”, por exemplo, temos uma raça alienígena interessantíssima, que vive de roubar tecnologia de outros povos, mas fizeram Ryker parecer um imbecil – além de que há uma história paralela com Picard e Wesley que não funciona.

Fora esses, menciono o último, “Shades of Gray”, que não deve ser assistido ponto final (é daqueles episódios de fim de temporada sem grana, quando reutilizam cenas de episódios anteriores) e “The Royale”. Esse é um favorito dos fãs. Parece que Trekkies amam episódios em que nossos astronautas entram em contato com tempos passados. Lembro de cabeça do “Carbon Creek” do Enterprise e o piloto do Voyager que buscam coisas similares. Eu, particularmente, não acho graça nenhuma; é uma ideia que nunca me convenceu. O “The Royale” ainda tem seu interesse por situar nossos heróis dentro de um livro.

Do lado bom, quero citar quatro episódios. Eles superam facilmente os melhores da primeira temporada e indicam o belo caminho que estava por vir.

Dois que exploram muito bem certos personagens são “A Matter of Honor” e “The Emissary”. No primeiro, Ryker precisa servir um tempo em uma nave Klingon, e o choque de culturas é muito interessante. Diálogos bem criativos! Em “The emissary”, temos uma história de amor… com Worf. Precisa falar mais?

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Quando se está com os Klingons, você deve comer como um.

Esses dois episódios são excelentes.

E temos dois episódios simplesmente fabulosos. Dois episódios que coloco como pontos altos não apenas de toda a série Star Trek, mas da própria ficção científica: “The Measure of a Man” e “Q who“. Não quero falar muito deles, pois são episódios que devem ser assistidos e apreciados em sua totalidade. Muito brevemente, no primeiro temos Data e uma alegoria bastante profunda sobre escravidão e liberdade – o tema (quando uma máquina deve ser considerada um ser vivo?) virá a ser extremamente pertinente em um futuro não tão distante. E em “Q who” temos a estreia dos amados Borgs. Eu até prefiro esse episódio do que o épico “The best of both worlds”.

Sendo assim, aconselho a quem não conhece a temporada ver os melhores episódios e, se curtir, continuar na aventura. Se começar a ficar chato, pule direto para a temporada 3.

Próximo post falarei de algo diverso. Sobre Star Trek, não irei ver temporada por temporada, mas ainda quero expor algumas ideias sobre a Enterprise e The Animated Series, com certeza.

 
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Publicado por em 07/08/2020 em Séries

 

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