Chegamos ao terceiro livro da série Mass Effect, o último escrito por Drew Karpyshyn, o roteirista líder do jogo de xbox e playstation. A menos que você já tenha lido e gostados dos últimos dois títulos Revelation e Ascention já resenhados aqui no blog, provavelmente há pouca razão para você ler este terceiro capítulo chamado Retribution.
Eu gostei dos dois primeiros livros; Revelation apresentou grande quantidade de material de background para série Mass Effect, já o Ascention contribuiu com a história do segundo jogo. Retribution parece mais semelhante ao Apocalipse, com serviço de fã menos impressionante e bases mais intrigante.
A história começa com Paul Grayson, ex-agente Cerberus, viciado em drogas e pai de Gillian (personagem com poderes biótico em Ascention), sendo capturado por seu antigo empregador. Como visto anteriormente ele não deixou Cerberus no melhor dos termos e o Illusive Man foi a caçá-lo. Nesse meio tempo a sempre presente Kahlee Sanders desenvolveu uma “queda”por Grayson, no momento em que ela descobre sobre o desaparecimento de Grayson ela recruta seu velho conhecido Capitão Anderson para ajudá-la.
Paul Grayson após ter sido cobaia da Cerberus
Tendo recuperado parte da tecnologia Reaper de doutrinação na base de dados dos collectors durante os eventos de Mass Effect 2, o Illusive Man pretende de testá-los em alguns seres humanos. Uma vez que a Cerberus captura Grayson, llusive Man aprova sua doutrinação.
Como você pode imaginar, as coisas não vão bem.
Durante o processo de doutrinação de Grayson a narrativa toma uma perspectiva de primeira pessoa, estas sequências são bem escritas e fornecem um quadro muito claro sobre o que realmente é a doutrinação. Podemos até simpatizar um poico com Saren do primeiro Mass Effect.
Algo que eu ainda não consegui desvendar é como funciona a cabeça do Illusive Man. Há alguns capítulos escritos a partir de sua perspectiva, na maioria das vezes eles parecem apenas distração. Ouvir seus pensamentos sobre o tabagismo, doutrinação e bebidas não ajudam muito a construir a personagem, e isso me fez diminuir o interesse em torno dele. Ele édeve ser chamado de Illusive Man por uma razão.
Illusive Man
A maior parte do livro segue Grayson ou Kahlee, ou as pessoas que os perseguem. Ária de Omega faz algumas aparições e é impossível ler suas partes sem ouvi-las na voz de Carrie-Anne Moss. A estação Omega é bem retratada, mas a maior parte do livro se passa a bordo de naves espaciais.
Retribution é um livro sólido, mas não é, infelizmente, um bom ponto de partida se você é novo para a série de livros. Ler sobre o processo de doutrinação Reaper é muito interessante, mas fora isso não há conteúdo suficiente de novo a acrescentar ao universo de Mass Effect. Se os romances anteriores te prenderam a atenção então Retribution é uma leitura obrigatória, mas este livro por si só, novamente, não tem força suficiente começar fazer você ler a série.