Gato de Botas – Resenha

Senhoras e Senhores,

Além de Noite de Ano Novo, esta semana também estreia a nova animação da DreamWorks, O Gato de Botas.

Vamos lá, de bate-pronto: este spin-off do filme Shrek pode ter colocado a franquia novamente nos trilhos, uma vez que o terceiro e quarto episódios foram bem ruins quando comparados aos dois primeiros.

Temos novamente aqui o que o Shrek acertou no começo: Ele atinge todos os públicos. O filme é uma animação, o que, teoricamente, o tornaria um produto visando o público infantil, mas ele consegue agradar a jovens e adultos também. As crianças se divertem com o gatinho e seus amigos, os adultos com as referências, que por sinal estão de volta, a começar a pelo pôster, que é idêntico ao do espetacular Imperdoáveis (olha só a figura abaixo e compare). Durante o filme, há uma referência hilária ao Clube da Luta. A trilha sonora está espetacular, mas, neste ponto, sou suspeito para falar uma vez que gosto de música flamenca!

Imperdoáveis

Com relação à história, ela está bem amarradinha e os personagens extras que entraram são bem interessantes. Nesta aventura, o Gato de Botas vai atrás dos feijões mágicos para que ele possa plantá-los e, desta forma, possa chegar até as nuvens e roubar a “gansa” dos ovos de ouros. Um parêntesis: acho que teremos um problema de tradução aqui no Brasil. A lenda trata da galinha dos ovos de ouro, mas eu assisti à versão legendada e está como no original, “gansa”, e não sei se foi mantido na versão dublada. Voltando ao filme: para ajudá-lo nessa missão, o Gato de Botas conta com uma parceira, a Kitty Softpawns, e seu colega de orfanato, Humpty Dumpty. Toda a origem do gato é contada, inclusive como ele conseguiu suas botas.

Eu assisti á versão 3D do filme na sala IMAX. Cara, aqui a história é outra! Sentei bem no meio do cinema e, novamente, precisei de uns 2 minutos para acostumar com a brutalidade do tamanho da tela. Por se tratar de uma projeção 3D, não achei a imagem escura – estava ótima! Os efeitos tecnológicos foram bem aproveitados no filme, mas nada abusivo. Um destaque vai para a cena de quando está acontecendo um vôo sobre o terreno árido: ali tive a sensação de estar dentro do filme mesmo. Sensacional!

Kitty Softpaws

Como já é sabido, a voz do gato é do Antônio Banderas, e ele mantém o nível lá em cima. A entonação e o sotaque estão ótimos, eu não consigo imaginar nenhum outro ator para dar vida ao personagem. Durante o filme, o gato entra em um bar, neste momento eu torci muito por uma referência ao  filme “Desperado”… Se ele falasse: “I’m looking for a man who calls himself Bucho. That’s all”, juro que eu surtaria no cinema.

Para fazer o “par romântico”, temos a Kitty Softpaws. Aqui estava fácil: mais uma vez, repetindo a dupla de “Desperado”, veio a Salma Hayek. Por último, fechando o trio, o Humpty Dumpty foi dublado pelo Zach Galifianakis, o doente do Alan em Se Beber Não Case. Como todo o filme gira em torno destes três personagens, as demais vozes são quase que pontas e não há nenhum destaque em especial. A direção do filme ficou sob a responsabilidade do Chris Miller. Uma curiosidade sobre o diretor: ele faz a voz de vários personagens em outras animações da DreamWorks – o ótimo Kowalski de Madagascar é um deles!

Sem pestanejar, recomendo muito para qualquer pessoa que assista ao Gato de Botas. É divertido, as animações são bonitas de se ver, e a história é bacana! A única coisa que ficou diferente é que, ao contrário do primeiro Shrek, este tem uma pequena lição de moral.

Veja aqui os locais e horários onde você pode assistir.

Trailer do filme:

That´s all folks
@hugomagalhaes
@eugostodejogar
Facebook

PS1 – As cenas de dança flamenca são muito, mas muito boas!
PS2 – Maior parte do tempo o gato se porta como humano, mas os momentos em que ele se porta como gato são para rachar de rir!
PS3 – O gato usa seu “super poder”!

Super Poder